13 de nov. de 2016

Melhora da morte

Tem um momentozinho na minha vida que SEMPRE me lasca. Não, não é Enem, vestibulares ou o período menstrual - tudo bem que esses momentos também são casca grossa. Já ouviram em "melhora da morte"? Deixa eu refrescar um pouco a sua memória: quando uma pessoa tá muito doente, à beira da morte mesmo, às vezes ela tem uma melhora no quadro e parece que tudo vai muito bem, obrigada. Os familiares se animam e a esperança renasce outra vez. Mas, calma. É aí que o pior vem: a pessoa morre DO NADA. Trágico, né? Pois é, eu também acho. É isso que meus avós sempre falaram pra mim. E, trazendo isso pra essa situação que vou apresentar agora, não acontece diferente, não. Na verdade, acontece basicamente uma morte também. Quer dizer, várias. Morte da nossa autoestima, da nossa razão e, claro, dos muros que construímos com tanto afinco durante meses e meses.
Tipo, a gente pensa tá super de boa, livre, leve e bem soltinha, quer dizer, não só pensamos como, de fato, estamos assim. Não é algo superficial, não. Não dizendo que todas as áreas de nossas vidas comuns estão super ok, mas, sim, essa. Seu coração tá em paz depois de tanto lutar por... nada.

A vida tem lá as suas surpresas. Quando menos esperamos, ganhamos a morte - ou a vida. Ganhamos um certo sentido mas estamos perdendo-o, também. E estamos perdendo-o pra coisas supérfluas.

Um comentário:

  1. Você consegue dançar com as palavras e colocá-las todo no mesmo ritmo, acho isso profundamente lindo. Amei!!
    Boa sorte com o Blog, eu te amo <3

    Blog Mente Viajante

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