Bem verdade que temos nossas preferências e que exigimos além do permitido. Um leitor assíduo na biblioteca, alguém que solte algumas piadas bem de vez em quando, alguém que queira ter filhos, que tenha estabilidade financeira, comprometimento, capacidade de adaptação e por aí vai.
Eu não tô nem aí, sabe? Pode vir! Vem com o que você acha que pode abrir pelo menos uma brecha em mim. Juro que é o suficiente. Pra quê tanta habilidade e inteligência se o melhor você não consegue fazer? Qual a necessidade de um vocabulário ensaiado se o que mais preciso dizer você não consegue fazer com que eu diga? Vamos lá, seja homem! Seja amável! Eu não quero saber quantos diplomas você tem ou se foi promovido no trabalho, não quero as chaves do seu ap nem copo-de-leite na minha porta no dia do meu aniversário. Tô bem a fim de amar e sair do cômodo, pega uma bicicleta, sei lá, me bota pra andar e gastar a sola do chinelo, bora sujar a roupa de sorvete e dividir fones de ouvido com o Louis Armstrong cantando lindamente, faz qualquer coisa, de preferência, me faça amar.
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