20 de dez. de 2016

Não sei que título dar pra isso aqui

Essa é a primeira coisa que escrevo depois de me forçar a não escrever sobre você. E, pra ser sincera, depois do que houve, eu nem queria fazer isso, não porque não tinha o que contar porque, você sabe, tem demais. Mas, aqui estou, e, como em toda coisa que te escrevo, eu te deixo a saudade aqui exposta. Escancarada. Aberta. Devassada. Desabafada. Manifestada. Acessível. Presente. Notória. Nítida. Óbvia. Destapada. Franca. Declarada. Nesses últimos meses, mais exatamente no mês passado, tem sido fácil mantê-lo longe: eu faço colagens com jornais, invento sentimentos novos, colho flores na rua e me ponho pra dançar. Dentre todas essas coisas citadas, a pior delas é inventar o que sentir pra que o sentimento antigo seja submerso pelo novo da forma mais cruel possível. Por um tempo isso funcionou. Eu levei dias pra que as velhas lembranças fossem substituídas pelas novas e, por mais que isso fosse horrível, pois tudo quanto é novo assusta (e eu que sei), tinha que me sujeitar o pior pra ter uma sensação de estar no melhor. Entende isso? Causei um dano irreparável dentro de mim. Baguncei tudo pra me organizar outra vez. Escrevi TUDO isso só pra dizer que sinto saudade e que já não sei dissimular.

Nos meus escritos, já reparei que as palavras que mais saem são não sei, queria e você, se levar em conta apenas essas palavras em negrito e não a conjunção, vai descobrir que uma só frase resume, de todos os meus textos, o que intrinsecamente queria dizer mas que é muito difícil, MUITO chato (depois de tudo que tive que fazer pra te manter longe), admitir. É tão cansativo ter que evitar, eu tenho que mudar de canal quando a propaganda da VIVO começa e, sério, eu amo aquela propaganda. Aliás, aproveitando a deixa, as propagandas de telecomunicação, principalmente da VIVO, são muito lindinhas, ter que evitar isso me deixa muito triste, porém, olhando pelo que me sobra de racionalidade (ou pelo menos um fingimento de existência dela), ter que assisti-la me deixaria BEM mais.

Bem, eu pareço bem melhor do que estava e, não, não é nenhum fingimento. Não dessa vez. Eu verdadeiramente estou bem e feliz com o que fiz pra ter que superar o que consegui até agora, por mais que não tenha sido da forma mais honesta. Sentir sua falta são os 40% restantes, e isso é tão doloroso de um jeito que penso que é bem mais que 100% o que estou tentando enfrentar, me parece que ainda restam mais que 40%.

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